Devo investir em PGBL ou VGBL para garantir minha aposentadoria?
Principalmente ao final de cada ano, os bancos brasileiros exigem que seus gerentes façam um grande esforço de venda para convencer as pessoas a contribuir com um plano de previdência privada como forma de complementar a aposentadoria no futuro.

O principal argumento utilizado é o de um possível benefício fiscal de um plano conhecido como PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livres). Por meio desse produto, o contribuinte que entrega a declaração completa do Imposto de Renda poderá, até o próximo dia 31, depositar num desses planos o equivalente a 12% dos rendimentos tributáveis e depois deduzir esse valor da base de cálculo do IR no ano seguinte. Portanto, alguém que tenha uma renda anual de 200.000 reais (contando salário, aposentadoria e outra rendas como aluguéis, etc), por exemplo, poderá aplicar 24.000 reais em um PGBL em 2016 e excluir esse valor do total sobre o qual vai incidir a alíquota do IR na declaração a ser entregue em 2017.
Contudo, mesmo com essa vantagem, os planos PGBL - e também os VGBL, que não contam com o benefício - não são as melhores formas de poupar para a aposentadoria. É necessário entender que o PGBL não permite nenhuma isenção tributária. O contribuinte vai apenas postergar o pagamento do imposto, já que, no momento do resgate, o IR vai incidir sobre o total de dinheiro aplicado no plano - e não apenas sobre os lucros obtidos ao longo do tempo. Além disso, tanto os PGBL quanto os VGBL possuem taxas de administração, carregamento e outras que acabam sendo muito pesadas e corroem boa parte dos ganhos de quem investe o dinheiro.
Se o PGBL e VGBL não são boas alternativas, como investir para a aposentadoria?
Os únicos produtos de previdência complementar que realmente valem a pena são os fundos de pensão oferecidos pelas empresas a seus empregados. Em geral, além do dinheiro depositado pelos funcionários, esses fundos também são constituídos por dinheiro aportado pelas próprias empresas onde eles trabalham. Há muitos casos em que a companhia coloca 1 real no fundo para cada 1 real aportado pelo beneficiário. Esse é, portanto, um excelente benefício que deve ser aproveitado. Para quem não tem a sorte de trabalhar em uma empresa como essa e quer fugir das altas taxas de administração, o ideal é aprender a investir o próprio dinheiro em aplicações de Renda Fixa e Renda variável.
A maior parte do dinheiro deve ser aplicada em Renda Fixa, como LCI e Tesouro Direto, aproveitando as altas taxas de juros do país. Para aplicar via Tesouro Direto, o investidor precisa ter uma conta em uma corretora e contar com uma assessoria, para isso clique aqui e conte com nosso suporte junto a XP investimentos. Mesmo não recomendando os planos PGBL e VGBL, reafirmamos a importância de poupar para a aposentadoria. A maior longevidade obrigará as pessoas a poupar mais durante a vida economicamente ativa para viver bem após a aposentadoria. Há uma série de sinais de que os serviços prestados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) só tendem a piorar. A reforma previdenciária e o ajuste fiscal são assuntos em pauta, o formato da pirâmide demográfica brasileira sugere um crescimento na proporção de trabalhadores inativos em relação aos ativos - ou seja, haverá menos gente trabalhando para financiar os aposentados. Frente a esse cenário, caberá a cada um constituir uma poupança que seja suficiente para enfrentar os tempos difíceis sem ter de pedir ajuda a parentes ou amigos.
Por isso é fundamental a criação de um planejamento financeiro com profissionais qualificados. Para isso conte com a Trader Brasil Investimentos.