Devo investir em PGBL ou VGBL para garantir minha aposentadoria?
- Alan Soares
- 1 de jul. de 2016
- 3 min de leitura
Principalmente ao final de cada ano, os bancos brasileiros exigem que seus gerentes façam um grande esforço de venda para convencer as pessoas a contribuir com um plano de previdência privada como forma de complementar a aposentadoria no futuro.

O principal argumento utilizado é o de um possível benefício fiscal de um plano conhecido como PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livres). Por meio desse produto, o contribuinte que entrega a declaração completa do Imposto de Renda poderá, até o próximo dia 31, depositar num desses planos o equivalente a 12% dos rendimentos tributáveis e depois deduzir esse valor da base de cálculo do IR no ano seguinte. Portanto, alguém que tenha uma renda anual de 200.000 reais (contando salário, aposentadoria e outra rendas como aluguéis, etc), por exemplo, poderá aplicar 24.000 reais em um PGBL em 2016 e excluir esse valor do total sobre o qual vai incidir a alíquota do IR na declaração a ser entregue em 2017.
Contudo, mesmo com essa vantagem, os planos PGBL - e também os VGBL, que não contam com o benefício - não são as melhores formas de poupar para a aposentadoria. É necessário entender que o PGBL não permite nenhuma isenção tributária. O contribuinte vai apenas postergar o pagamento do imposto, já que, no momento do resgate, o IR vai incidir sobre o total de dinheiro aplicado no plano - e não apenas sobre os lucros obtidos ao longo do tempo. Além disso, tanto os PGBL quanto os VGBL possuem taxas de administração, carregamento e outras que acabam sendo muito pesadas e corroem boa parte dos ganhos de quem investe o dinheiro.
Se o PGBL e VGBL não são boas alternativas, como investir para a aposentadoria?
Os únicos produtos de previdência complementar que realmente valem a pena são os fundos de pensão oferecidos pelas empresas a seus empregados. Em geral, além do dinheiro depositado pelos funcionários, esses fundos também são constituídos por dinheiro aportado pelas próprias empresas onde eles trabalham. Há muitos casos em que a companhia coloca 1 real no fundo para cada 1 real aportado pelo beneficiário. Esse é, portanto, um excelente benefício que deve ser aproveitado. Para quem não tem a sorte de trabalhar em uma empresa como essa e quer fugir das altas taxas de administração, o ideal é aprender a investir o próprio dinheiro em aplicações de Renda Fixa e Renda variável.
A maior parte do dinheiro deve ser aplicada em Renda Fixa, como LCI e Tesouro Direto, aproveitando as altas taxas de juros do país. Para aplicar via Tesouro Direto, o investidor precisa ter uma conta em uma corretora e contar com uma assessoria, para isso clique aqui e conte com nosso suporte junto a XP investimentos. Mesmo não recomendando os planos PGBL e VGBL, reafirmamos a importância de poupar para a aposentadoria. A maior longevidade obrigará as pessoas a poupar mais durante a vida economicamente ativa para viver bem após a aposentadoria. Há uma série de sinais de que os serviços prestados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) só tendem a piorar. A reforma previdenciária e o ajuste fiscal são assuntos em pauta, o formato da pirâmide demográfica brasileira sugere um crescimento na proporção de trabalhadores inativos em relação aos ativos - ou seja, haverá menos gente trabalhando para financiar os aposentados. Frente a esse cenário, caberá a cada um constituir uma poupança que seja suficiente para enfrentar os tempos difíceis sem ter de pedir ajuda a parentes ou amigos.
Por isso é fundamental a criação de um planejamento financeiro com profissionais qualificados. Para isso conte com a Trader Brasil Investimentos.
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